Licitações privadas: vale a pena participar desse tipo de licitação?

Neste artigo, vamos explorar todas as informações em relação as licitações privadas. Continue a leitura e confira:

• O que são licitações privadas?
• Como funciona uma licitação de empresa privada?
• Vale a pena participar de licitações privadas?
• Como participar de licitações privadas?
• Como melhorar as chances de vencer uma licitação?

O que são licitações privadas?

Licitações são processos de contratação de bens e serviços regidos por normas específicas e que funcionam como “leilões às avessas”, em que quem oferecer o melhor preço e serviço acaba sendo contratado. As propostas são analisadas pelo órgão responsável e passam por criteriosa avaliação.

No caso das licitações públicas, algumas leis regem o processo, incluindo a antiga lei 8666/93 e a nova lei de licitações, a lei 14133/21. Ambas estipulam valores de contratos, cotas de participação para pequenas empresas, valores máximos para dispensa de licitação, documentação necessária para participar e outras condições mais.

Contudo, as licitações privadas trabalham sob outra lógica. Realizadas justamente por empresas privadas, normalmente grandes negócios com imenso capital (multinacionais e grandes players do mercado), essas licitações privadas possuem maior liberdade para criação de regras, ainda com o objetivo de encontrar a proposta mais vantajosa.

A grande diferença é que no modelo privado as regras podem flutuar muito entre uma licitação e outra, ainda que continuem estabelecidas e registradas em um edital de licitação. Outra diferença é que, no caso de eventual irregularidade na contratação, é mais complicado abrir algum tipo de recurso para reavaliação.

Como funciona uma licitação de empresa privada?

As empresas privadas não seguem as leis de licitação em vigor no Brasil. Ainda assim, oferecem um processo formal e previsível para os licitantes.

Outro ponto é que cada empresa terá um procedimento diferente e suas especificações. Então não dá para se qualificar e se preparar tanto para participar de licitações privadas de negócios distintos. Essa é uma das razões para ser tão importante estudar o edital antes de participar.

Como via de regra, o ideal é estudar não apenas o edital em aberto, mas os editais passados, empresas vencedoras, modelo de propostas e afins.

O único problema nesse estudo é que licitações privadas costumam ter menor divulgação e alcance, o que torna o acesso às informações mais limitado.

Ainda assim, vale a pena buscar por esses dados na hora de participar, seja entrando em contato com a administração da empresa responsável pela licitação ou com o responsável direto pelo processo.

Vale a pena participar de licitações privadas?

Participar de licitações sempre traz benefícios para as empresas. No caso das licitações públicas, o Governo Federal é o maior contratante do país, e está vinculado a normas que obrigam pagamento integral independentemente da situação.

Já no caso das licitações privadas, esse é um nicho ainda pouco explorado no Brasil, mas vale a pena como estratégia de negócio tanto para criar novos laços corporativos quanto para aumentar o fluxo de caixa e garantir melhores contratos.

Vender através de editais de licitação garante maior estabilidade em meio às flutuações de mercado, já que os contratos dão garantia jurídica aos licitantes.

Para as empresas especializadas nesse tipo de serviço, também há menor necessidade de investimento em marketing e captação de clientes, o que reduz os custos de aquisição.

E os procedimentos dos editais públicos e privados dão às empresas uma “força a mais” dentro da própria administração – afinal, só é possível vencer um certame com uma organização interna eficiente que gere documentos e propostas nos prazos adequados.

Como participar de licitações privadas?

Cada licitação privada tem sua própria identidade e exigência. Por isso, ressaltamos apenas os pontos principais e essenciais a todas as licitações no geral.

1. Análise do edital

O ponto base de qualquer licitação é conhecer o edital de uma ponta à outra. Não adianta participar de um procedimento sem conhecer as regras, exigências e prazos para cumprir o contrato – é como querer participar do jogo sem saber como marcar.

2. Organize a sua empresa

A organização interna da sua empresa auxilia bastante nas licitações. Tenha todos os setores trabalhando de maneira eficiente e gere no menor tempo possível os documentos e comprovantes necessários para participar da licitação.

Mesmo em licitações privadas é comum a exigência de regularidade jurídica e fiscal, afinal, nenhuma empresa quer se envolver com fornecedores irregulares ou criminosos.

Certificados de capacidade técnica também podem ser necessários para operações mais técnicas ou muito específicas, já que exigem um conhecimento profissional mais refinado.

Com o tempo, sua empresa estará habituada a gerar esses documentos e terá uma taxa de erros menor na emissão dos papéis.

3. Organize a documentação de acordo com as fases da licitação

Licitações ocorrem em diversas fases: preparação, divulgação de edital, avaliação de propostas, habilitação, certificação, recursos etc.

Em cada fase da licitação é comum que diferentes documentos sejam exigidos. E esses podem justamente validar ou desqualificar um licitante. Por isso, para facilitar a sua participação, é importante não apenas ter todos os certificados e comprovantes, mas separá-los por etapas.

4. Análise da capacidade de fornecimento

Se a sua marcenaria produz 1000 cadeiras anualmente, uma licitação que pede por 2000 cadeiras em 2 meses estará muito além da sua capacidade produtiva, não importa quão grande seja o pagamento na empresa.

Não cumprir com um contrato de licitação pode prejudicar financeira e legalmente sua empresa. Por isso, é necessário ter grande ciência de quais batalhas é possível enfrentar sem prejudicar suas outras entregas e sem expor sua equipe a riscos e desgastes desnecessários.

5. Análise de custo-benefício

A modalidade mais comum para licitações privadas é o pregão eletrônico. Nele, como já explicamos, há um “leilão às avessas”, em que vence o participante com o menor preço, mas o valor não é o único ponto de análise dos organizadores.

Além disso, baixar demais o preço só para ganhar uma licitação pode acabar deixando sua empresa no prejuízo. Isso é mais fácil de perceber no caso dos fornecedores de itens, como a marcenaria de cadeiras que citamos acima, mas também é verdade para provedores de serviços.

Os custos com pessoal, equipamentos, deslocamentos e outros fatores podem fazer com que uma licitação seja mais um prejuízo que uma vantagem – e você ainda corre o risco de ficar amarrado a um longo contrato sem ter como sair antes de finalizar a entrega.

Portanto, muita atenção ao edital para não dar um valor muito abaixo da sua média de mercado e ficar no vermelho depois de uma licitação.

– Leia também: Saiba como fazer sua empresa crescer participando de licitações

Como melhorar as chances de vencer uma licitação?

Quem quer aumentar as chances de vencer um certame precisa contar com processos mais eficientes, e uma das melhores formas de otimizar qualquer procedimento é com o auxílio da tecnologia.

No caso das licitações públicas, atividades como lances, envio de documentação, monitoramento de chat e dispensa eletrônica podem ser feitas quase automaticamente através do uso de ferramentas como o Lance Fácil.

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